Uma hora antes do voo, chego ao aeroporto de Lisboa para fazer a viagem da minha vida. O mundo, no entanto, desaba num piscar de olhos. No sistema, o meu nome aparece simplesmente como reserva. Para onde foram os meus 823 euros do pagamento da viagem? A porta de embarque estava a cinco minutos de fechar e eu continuava sem o check in feito. Finalmente, o problema é resolvido (um problema da agência) e, entre lágrimas de alegria e de raiva, consigo embarcar.
Às 13h em ponto aterro em Maputo, directamente do cockpit. Lá fora, três rapazes de calções e descalços, escondidos atrás de uma árvore, mesmo ao lado da pista do aeroporto local, batem palmas e pulam de alegria ao ver o avião aterrar. É esta a minha primeira imagem de África. Um arrepio.
Isto é África.
Uma mousse de pêra abacate com limão, feita pela Rosinha que foi propositadamente colher a fruta que serviu após um caril de gambas, foi a minha primeira refeição africana. Para rematar em grande e à mocambiçana, um delicioso café como nunca provei antes.
Uma trovoada que rasga o céu dá-me as boas noites.
Da janela do 11.º andar do hotel com vista para a catedral de Maputo, entra o primeiro raio de luz.
Comeco por subir a avenida da Rádio, entro num jardim. Lembro-me que estou em África. Sinto medo. Depressa passa. Percebo que sou mais uma, mais uma branca que por cá anda. Sem destino, chego ao Museu de História Natural, à espera Álberto, o porteiro do museu que serve de guia, é apaixonado pelo FCP e adora bacalhau, que já não come há muitos anos. "São mais de 100 meticais" (3 euros), lamenta. As escolas, as casas, os mercados, os carros de frutas e legumes à beira da estrada levam-me numa viagem ao passado. Chego à 24 de Julho e deparo-me com o Sindicato dos Jornalistas. Entro e sento-me no bar A Fofoca, onde camaradas convivem e presenteiam com uma aula de história.
Duas horas depois e com vontade de ficar, sigo a avenida. Passo pelo Café Cristal e cruzo-me com José Rodrigues dos Santos. Quem diria...
Um jantar no típico restaurante na Feira Popular, o Escorpião, seguido de um concerto de Maria Medeiros no IV Festival Internacional de Música onde Malangatana e Mia Couto também estão a assistir tornam o meu segundo dia em Maputo especial.
Dia 28 de Abril
Às 13h em ponto aterro em Maputo, directamente do cockpit. Lá fora, três rapazes de calções e descalços, escondidos atrás de uma árvore, mesmo ao lado da pista do aeroporto local, batem palmas e pulam de alegria ao ver o avião aterrar. É esta a minha primeira imagem de África. Um arrepio.
Isto é África.
Uma mousse de pêra abacate com limão, feita pela Rosinha que foi propositadamente colher a fruta que serviu após um caril de gambas, foi a minha primeira refeição africana. Para rematar em grande e à mocambiçana, um delicioso café como nunca provei antes.
Uma trovoada que rasga o céu dá-me as boas noites.
Dia 29 de Abril
Da janela do 11.º andar do hotel com vista para a catedral de Maputo, entra o primeiro raio de luz.
Comeco por subir a avenida da Rádio, entro num jardim. Lembro-me que estou em África. Sinto medo. Depressa passa. Percebo que sou mais uma, mais uma branca que por cá anda. Sem destino, chego ao Museu de História Natural, à espera Álberto, o porteiro do museu que serve de guia, é apaixonado pelo FCP e adora bacalhau, que já não come há muitos anos. "São mais de 100 meticais" (3 euros), lamenta. As escolas, as casas, os mercados, os carros de frutas e legumes à beira da estrada levam-me numa viagem ao passado. Chego à 24 de Julho e deparo-me com o Sindicato dos Jornalistas. Entro e sento-me no bar A Fofoca, onde camaradas convivem e presenteiam com uma aula de história.
Duas horas depois e com vontade de ficar, sigo a avenida. Passo pelo Café Cristal e cruzo-me com José Rodrigues dos Santos. Quem diria...
Um jantar no típico restaurante na Feira Popular, o Escorpião, seguido de um concerto de Maria Medeiros no IV Festival Internacional de Música onde Malangatana e Mia Couto também estão a assistir tornam o meu segundo dia em Maputo especial.
1 comentário:
Ai mana, tira fotos a isso tudo e continua com estes relatos, que a malta adora! Nem sabes, a capa da revista do 24 horas foi o RAP a mudar de casa, para uma de 850 mil euros. E mais não digo, que este sítio é público.
Por aqui um sol bem quentinho e eu de férias. Aproveita bem e tira fotos bonitas com essa malta com quem te vais cruzando. Beijinhos.
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