terça-feira, 17 de novembro de 2009
A última vez
Há nove meses que nos andávamos a preparar. Diziamos que era o último pequeno almoço sem biberãos em cima da mesa, as últimas compras sem birras, nem carrinhos de bebés, a ida ao cabeleireiro sem a preocupação da tinta fazer efeito antes da hora da mamada. Era a última vez.
Aproveitámos bem. Nós as três. Rimos juntas, chorámos, aprendemos, crescemos. Namorámos, casámos e até nos separámos. As zangas, as brincadeiras, as gargalhadas. As viagens, as bebedeiras, as perseguições aos carros do lixo. Dançámos. Ficámos mulheres.
Agora, temos o Rodrigo, a Camila e a Joana. Nada será igual, é verdade. É bem melhor! As conversas são interrompidas por causa de fraldas sujas ou de arrotos, é verdade, mas eles estão em primeiro lugar. E não é assim tão chato. Ai, já arrotou, que alívio. Que alegria. Fazemos agora uma festa pela grama que o Rodrigo engordou, porque a Joana já não tem cólicas e pelas duas horas de sono que a Camila dorme seguidas.
Sou uma madrinha e uma tia feliz. E elas continuam a ser as minhas manas de coração, Aqueles a quem ligo a qualquer hora para contar as minhas histórias e só elas entendem. E só elas se zangam quando assim tem de ser e só elas se riem porque é mesmo caso para isso. E só elas me chamam à terra quando ando na lua. E só elas se preocupam. E só elas se excitam com as minhas aventuras. E só elas sabem que eu não sou nada do género de escrever posts assim. Apeteceu-me. E elas sabem o motivo.
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