Deixem-me agora tranquilizar a minha mãe, o meu pai, as minhas tias e algumas amigas grávidas (que andam muito sensíveis, certo marianecas?!): Estou viva, não fui assaltada, nem mordida por mosquitos. Sim, parei de tomar o medicamento da malária, mas pronto.
Dia 1 de Maio
Trinta minutos depois das cinco da manhã (uma hora a menos em Portugal), o despertador toca. Não me lembro da última vez que acordei a esta hora e com tão boa disposicão. Cerca de 300km depois, percorridos em mais de três horas, atravesso a fronteira da Suazilândia. Do outro lado, outra África à minha espera. Um país onde a organizacão, a arrumacão, as casas de betão espalhadas pelos bairros estratégicamente criados contrastam com a cultura daquele reinado. De referir: o rei tem sete mulheres. Não há prédio de 10 andares que se enquadre nesta realidade. Sete mulheres. Sinto África ao chegar a fronteira de Moçambique e o passaporte é carimbado à luz de velas que derretem sobre o balcão de madeira.
Piada do dia:
Na fronteira enquanto esperamos pela autorização do visto de entrada em Moçambique, um polícia aborda-nos: "Já foram detidas?" A Daniela olha para mim, eu olho para ela e o coracão bate a mil à hora. O riso nervoso atraiçoa-nos, mas ajuda-nos a esclarecer o mal entendido. "Atendidas, se já foram atendidas..." Ufa.
1 comentário:
"Cheiro a África"... que título tão pouco indicado.
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