Onze anos e quatro meses depois chegou ao fim uma bela história de amor entre o professor de equitação e a aluna. Uma história que todos torciamos pelo final feliz, mas acabou sem "o viveram felizes para sempre". Hoje, ao terminar de ler o novo romance de Sousa Tavares, No Teu Deserto, apeteceu-me homenagear o homem com quem partilhei os últimos anos da minha vida. A minha vida. Aquele que esteve ao meu lado e juntos fizemos a travessia do deserto, tal como Cláudia e Miguel. Aquele que me conhece melhor do que ninguém. Aquele que reconhece o significado de cada ruga do meu rosto, de cada gesto, de cada olhar e de levantar de sobrancelha. Aquele que repetia todas as noites que eu estava em primeiro lugar, que dava a sua vida pela minha felicidade. Aquele que não resistia aos meus caprichos de menina mimada. Aquele que me fez tão feliz ao longo dos quatro anos de namoro e sete de casamento. Anos cheios de emoção, paixão e tesão. Os 11 anos que me tornaram na mulher que sou hoje. Com as qualidades e os defeitos. Os 11 anos em que passei a viver a vida real. Deixei de ser estudante, entrei no mundo dos crescidos. E ele, sempre lá. Aprendi a importância do silêncio, da partilha, da gratidão, da cedência. E ele, sempre lá. Agora, 11 anos e quatro meses depois, vou aprender a viver sem o homem que dava a vida por mim. O companheiro ideal. Aquele que todas as mulheres desejam e que eu e a minha insatisfação crónica negámos. Certamente vou arrepender-me. Certamente. Até lá, vou gozar o prazer que me dá esta busca pela felicidade.
*Este post é dedicado ao homem que eu sei que vai até ao fim do Mundo por mim. E por quem eu vivi apaixonada os últimos anos da minha vida. Serve também para acalmar a curiosidade de amigos, conhecidos e curiosos.
2 comentários:
Procura a felicidade pois o que é nosso está guardado na palma da nossa mão...
Toda a sorte do Mundo...
Lakshmi, obrigada pelas tuas palavras :)
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