sexta-feira, 29 de junho de 2007

Repórteres de Guerra


Sempre sonhei ser repórter de guerra. A única experiência que tive acabou da pior maneira e mais frustrante para um jornalista: acabei por ser barrada na fronteira do Iraque. Respirei, no entanto, o cheiro de guerra, de insegurança, de medo e de tensão. Ao entrar numa redacção cor-de-rosinha estava longe de imaginar que ia voltar a sentir o mesmo. Não é que senti?! Arrastada pela Betty – sim, mana a história era tua! – a dupla maravilha armou-se em Sherlock Holmes e o resultado não foi famoso… Logo na primeira capa, feita a quatro mãos, fomos ameaçadas de morte. Só para calar aqueles que pensam que isto é só festas… O histerismo de uma actriz, bem conhecida do público português, deixou-nos com as pernas bambas. Durante um mês fomos escoltadas pelo pai, mãe, marido, noivo e seguranças da empresa. Apressávamos o passo em direcção ao carro e a caminho de casa a atenção era redobrada nos outros veículos para não sermos seguidas. Hilariante! Há aqueles que ficam com a síndrome do pós-guerra, pois nós, mais chiques, ficámos Lencastre-traumatizadas.

Sem comentários: