domingo, 9 de dezembro de 2007

Crescer dói

Lembro-me das dores de crescimento do meu sobrinho, que se queixava das pernas, braços e costas. Não me lembro de ter sentido tal coisa na minha infância (talvez por ter ficado pelo metro e meio e ele já me ter apanhado aos 10 anos).

Nos últimos tempos, porém, tenho sentido dores violentas que provocam tamanhos estragos que parecem não terem recuperação. Serão estas as verdadeiras dores do crescimento? São umas atrás das outras e variadas, há para todos os gostos. Desde lidar com a falta de profissionalismo de alumas pessoas, mentalizar-me que o meu pai não é nada mais do que um comum mortal, que também adoece, também tem dores, também sofre e se assusta. E perceber como sou tão indiferente para algumas pessoas que julgava serem tão especiais na minha vida.

Tenho o coração partido. Nada que 700 tubos de UHU não resolvam.

Temos pais, irmãos, sobrinhos, tios e primos. Cada um deles com os seus ritmos, com as suas personalidades, manias, gostos, prioridades e objectivos. Tudo tão diferente. Mas lá por isso não temos de desfazer os laços…
Ao fim de seis anos de casada, percebi – a muito custo - que a minha família é o meu general. Nunca tinha entendido o casamento desta forma, talvez por não ter filhos, talvez por ter vindo de uma família grande e deparar-me agora com uma mesa de jantar com apenas dois pratos (quando não é no tabuleiro sentados no sofá). Talvez por ver que as pessoas vão às suas vidas e eu tenho de ir à minha, mesmo quando fico fins-de-semana seguidos sozinha porque o general está em missão e procurar colo nas amigas, nas lojas de Campo de Ourique, no cabeleireiro, no salão de chá da Bénard, nos almoços de domingos das famílias dos outros.

Desabafos.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Uma gaja despede-se. Quer aproveitar umas férias de Inverno. Serões à lareira, tardes inteiras enroscada numa manta deitadita no sofá. Leitinho quente, torradinhas, lanchezinhos com amigas, ver montras sem olhar para o relógio, sem horas de almoço e em menos de dez dias recebe um telefonema para voltar a trabalhar. Não podiam esperar assim uns dias, tipo um mês?

Claro que estou a ser irónica. Claro que estava preocupada e queria voltar ao mundo dos trabalhadores. Claro que estava a gostar deste santo descanso… Claro que o dinheiro dá jeito.

Dia 3 de Dezembro regresso ao jornalismo. Impalada mas feliz! E para aqueles que têm a mania que o Sr. Jacques Rodrigues é o pior, só tenho algo a declarar: Há para aí coisinhas bem piores! Acreditem.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007


Agora, querem saber o que ando a fazer. Claro que nessa mesma tarde em que me despedi comecei a fazer uns contactos a informar que estou de volta ao jornalismo e disponível no mercado. Como sabem, isto não está fácil… Mas recebi algumas propostas de colaborações. Recuperei o meu bloquinho das ideias e lá vão surgindo algumas mas ainda enevoadas. Isto de trabalhar em casa é preciso uma grande disciplina e confesso que ainda não a alcancei.

Entretanto, para grande alegria do meu general, tornei-me uma fada do lar por tempo limitadíssimo. Além de ter ficado sem empregada há alguns meses, a desorganização cá em casa era tanta que já não encontrávamos nada. Sabem quando se chega àquele ponto em que se abre o armário e não se consegue ver nada? Pois, a minha estava pior.
Comecei pela roupa, seguiram-se os sapatos, as malas, os cintos, chapéus, meias e cuecas. Ah pois, cá em casa é assim: uma gaveta para sutiã, outra para a lingerie sexy, a do período é à parte, tal como as meias da equitação. Prateleiras divididas em três: para camisolas de alças, de manga curta e comprida. Cabides de camisas para um lado e de calças para outro. As pulseiras, os colares, os brincos… Bem, levei um dia inteiro nisto.
Viver num T0(tá certo que é nas Avenidas Novas, mas é um T0) é preciso uma grande dose de organização e muita inteligência para aproveitar todos os espaços livres sem transformar a casa numa arrecadação.


Arrumações à parte, tenho feito algumas invenções na cozinha. Ontem fiz a minha primeira sopa: Creme de espargos a la Marianecas.


No fundo, ando armada em dondoca. Pois que vou todos os dias tomar o meu pequeno-almoço à rua, malhar dia sim dia não, depois faço a minha voltinha, vejo umas montras, umas comprinhas de Natal e de supermercado, vou ao cinema, um lanchezinho com uma ou outra amiga que lá aparece no intervalo do trabalho, tenho as aulas de equitação e assisto às minhas séries favoritas. Enfim, é o que se arranja para ocupar o tempo enquanto não regresso ao mundo do comum dos mortais: casa/trabalho/casa.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ao galope

Quem diria que três quedas a cavalo numa aula de equitação ia acabar em história de amor entre aluna e professor. Ah pois é, já lá vão dez anos.
À primeira vista parece um filme romântico: passeios a cavalo, sexo nos estábulos, montar, desmontar, botas altas, calças justas, trotes e galopes. Esqueçam!
Vocês sabem lá o que é andar a cavalo em Monsanto por caminhos esburacados, subidas e descidas vertiginosas. E não me venham com a conversa que é mato, pois eu sei que há trajectos mais direitinhos, mas “os cavalos precisam de trabalhar, criar músculo e resistência”. Irra, também eu… Onde está o romantismo?
Foi por estas e por outras que encostei as botas há três anos.

No fim-de-semana do meu aniversário, uma festarola no monte, voltei a por o pé no estribo matar saudades do trote. Uma voltinha à guia, só para ganhar confiança. Quatro dias depois estava de volta às lides equestres. Meia hora de galope que despertaram o vício de tantos anos. Pior foi o dia seguinte: doíam-me todos os músculos, mesmo aqueles que nem fazia ideia que existissem…
Confirma a experiência que só com “outra” é que se cura e é bem verdade.
A galope, a galope, a galope, à carga!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

All night long

Sexta-feira, minha querida sexta-feira, que hoje está longe de terminar. Depois de uma quinta-feira que nunca mais acabava, com tourada no Campo Pequeno até à uma da manhã, segue-se um último dia de semana agitado. Cabeleireiro e manicura a correr durante a hora de almoço, sair às seis do escritório, ir a casa a correr trocar de roupa e de sapatos (ainda não sei o que levar) e estar às sete no BBC para fazer uma espécie de assessoria à festa do Biography Channel. Alexandra Lencastre é uma das convidadas, entre outras, e eis que se vai dar um grande reencontro (ver post de Junho Repórteres de guerra).
Se sobreviver a este encontro, sábado é dia de brunch numa esplanada junto ao Tejo, lanche na praia e jantar sushi. Domingo é reunião de família, um churrasco à beira da piscina com os primos (11 mais os respectivos maridos, mulheres e filhos. Ultrapassa os 25…).

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Manhãs da 3

É impressão minha ou a Cláudia Semedo complica o sistema nervoso de Nuno Markl, nas Manhãs da 3? José Mariño bem tenta impor a ordem na casa, mas aquilo está a ficar cada vez mais aceso… É verdade que ela não tem o perfil ideal, que faz comentários despropositados e que aquelas vozinhas de bonecos animados àquela hora da manhã irritam qualquer, mas daí a ignorarem a miúda… Fica mal.

Clube de coração


Nunca fui dada a assuntos de futebol. Digo que sou do Benfica porque a minha mãe é do Sporting. Agora descobri finalmente o meu clube do coração. O Cacau Clube de Portugal. E conto-vos mais: o meu jogador favorito é o Toblerone. Tem uma pinta a jogar, faz remates de ficarmos com água na boca. O grande derby tem data marcada para dia 19 e 20 de Outubro, no Centro Cultural de Cascais. (www.ochocolateemcascais.com)

Prendas, prendas e mais prendas

Faltam exactamente nove dias para mais um aniversário. Eu sou daquelas que adora fazer anos, receber presentes, estrear roupa nova, reunir amigos e família numa jantarada, dar abracinhos e beijinhos, e emocionar-me com os gestos de carinho.

Há para todos os gostos e bolsos:

  • Fim-de-semana em Amesterdão
  • Day Spa na Penha Longa
  • O perfume acabou (Dolce Gabanna Light Blue)
  • Linha de rosto da Esteé Lauder está a chegar ao fim (Future Perfect)
  • Mala super fashion
  • Carteira ainda mais fashion
  • Bilhetes: Paranormal, Cócegas, Monty Python, Cirque du Soleil
  • CD Maria Rita
  • DVD Anatomia de Grey, Donas de Casa Desesperadas

Divã


Hesitei. Aliás, nunca tinha pensado em marcar uma consulta no psicólogo. Também nunca me tinha sentido tão triste como nos últimos tempos. Parece que o mundo vai acabar. Um aborto, seis anos a tentar engravidar, várias crises matrimoniais, conflitos familiares, um emprego que não me preenche as medidas, uma sensação de fracasso, uma insegurança até dizer já chega, desconfianças e mania da perseguição. Foi este o ponto de situação que fiz ao meu médico na primeira consulta.
A boa notícia é que já estou em fase de auto conhecimento, identifico os meus problemas e não tenho dificuldade em expressá-los. A má, é que tenho algumas questões para ultrapassar de forma a lidar da melhor maneira com os meus fracassos, medos e inseguranças. Vamos lá a isto!
É verdade, preferia um divã, mas tenho uma espécie de cadeira de realizador em tamanho XXL. A vista sim, é magnífica, para o Chiado.

NY ou RJ?

Obrigadinha. Empate. Parece-me bem. Fico na mesma…

Friends

Como é que uma vulgar ida à depilação se transformou num momento tão especial? Ali, no meio do Campo Pequeno, escuto ma gargalhada inconfundível. É a Raquel! A Raquel, a minha melhor amiga dos 10 aos 18 anos. Não nos víamos há 13 anos.
Bombardeámo-nos de perguntas. “Estás casada? Filhos? Trabalhas onde? Em que faculdade andaste? Estás a morar onde” Marcámos um jantar e aí actualizámos toda a informação dos últimos 13 anos… Aconteceu tanta coisa. Amores, desamores, novas amigos, novos sobrinhos, casamentos, baptizados, funerais e nascimentos. Marquei em minha casa. Achei mais intimista. Ela levou os álbuns de fotografias e eu mostrei-lhe os meus. As viagens, os namorados, a família, os amigos, as modas, os cortes de cabelo. Uma viagem ao passado. Um passado que não vivemos juntas. E tenho pena. Rimos, chorámos.
Inacreditável, senti a mesma amizade, a mesma cumplicidade. É a minha Raquel. A minha amiga está de volta à minha vida. Aquela com quem fugia à noite pela janela e metia almofadas na cama para ir às quartas-feiras ao Alcântara-Mar, às noites hard-rock. Foi com ela que comprei os meus primeiros sapatos de saltos alto, foi com ela que deixei de usar saias de pregas e meias pelo joelho. Era ela que sabia a paixão que sentia pelo João da Motomoda.
Nunca nos separámos, chegávamos da escola e fazíamos os trabalhos de casa pelo telefone e combinávamos a roupa para o dia seguinte. Passávamos as férias grandes juntas. Muita praia e muita piscina. Ela invejava a minha pele bronzeada e eu as suas pernas elegantes.
Treze anos depois reencontramo-nos e nem hesitámos em partilhar segredos e pedir conselhos. Já fomos a festas juntas – no Convento do Beato - e não é que nos divertimos como antigamente. Dançamos da mesma maneira, gozamos tal como antes. Afinal somos as mesmas amigas de sempre.
Tão bom ter-te de volta!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Ó tempo volta pa trás






Gosto de estar a par das tendências, de ter um ou dois modelitos da moda, mas nunca pensei sofrer as consequências desta maneira... Alguém pode revelar a fórmula mágica para o cabelo crescer? Já não sei o que fazer e tudo o que faço sai pior que a encomenda... Não é que agora decidi cortar a franja e pintar o cabelo de castanho escuro, mas tão escuro que ficou preto.

Lista de afazeres

Não sei se isto acontece com vocês, mas todas as semanas, traço um plano de vida, sempre sem sucesso, tipo as noites de passagens de ano em que idealizamos uma vida melhor. Só que neste caso é aos domingos, antes de me deitar crio uma lista imaginária de coisas a mudar a partir de segunda-feira, quase tudo se repete.

Acordar mais cedo, para conseguir fazer a cama, tomar pequeno-almoço em casa e deixar de ser a última a chegar ao trabalho
Fazer dieta
Inscrever-me num ginásio
Frequentar o ginásio - no último ano paguei 80 euros mensais e fui lá três vezes, vá duas…
Ir a pé ao cinema (da Av. de Berna ao Corte Inglês)
Ignorar o cheiro das pipocas e seguir em frente
Inscrever-me no Kizomba na EDSAE
Fazer jantar em casa e deixar de encomendar comida fora
Acabar com bolachas em casa
Fazer manicura e depilação em casa
Esquecer de vez as massagens e drenagens linfáticas
Controlar as chamadas no telemóvel
Deixar de comprar chocolates e sugos
Ir ao médico
Fazer exame ao rim (único)
Arrumar CD’s e DVD’s
Prescindir dos serviços de limpeza e passar a tratar da casa aos fins-de-semana

SOS

Parte I
Ainda estava no meu penúltimo sono quando tocaram à campainha a avisar que tinha o vidro do carro partido. Ainda pensei tratar-se de um engano, mas infelizmente a cusquice das vizinhas confirmou-se. Vidro destruído, porta-luvas aberto e GPS roubado. Fui assaltada, pela primeira vez na minha vida. É uma sensação de impotência, revolta e tristeza. Ignorei, porém, os alertas dos vizinhos que “não valia a pena chamar a polícia, que eles não faziam nada” e liguei para o 112. Algo tinha de ser feito. Ao fim de 15 minutos, o carro de patrulha chegou ao local do crime. Apressei-me a dizer que não tinha tocado em nada e que podiam avançar com a investigação. Ando a ver muito CSI… “Não podemos tirar impressões digitais nesta superfície, só em sítio lisos”. Não queria acreditar no que ouvia. Não podem fazer nada? E apresentar queixa, só se for para apresentar no seguro.
E depois admiram-se das bocas foleiras da Polícia britânica no âmbito do caso Madeleine McCann. Cambada…

Parte II
Conformada com a situação, segui para a festa do 12.º aniversário da minha sobrinha Tixa, que se lembrou de colocar um brinco deitada na cama. Conclusão: a bola do brinco escorregou-lhe da mão e rolou até quase ao tímpano. Lá fomos para as urgências da Clínica da Luz, que tem muito bom ar, mas otorrino que é preciso, nem vê-lo… Seguimos para o Portugal real, Hospital Santa Maria. Então, não é que o raio do brinco estava numa posição, que só com anestesia geral é que se conseguia tirar. Minha rica sobrinha, que passou o aniversário nas urgências do hospital.

Parte III
Acabadinha de chegar das urgências, recebo uma mensagem a dizer que grande camarada tinha sido internado no Egas Moniz.
Há fins-de-semana terríveis, não há?! Mas este abusou…

terça-feira, 2 de outubro de 2007

As saudades que eu já tinha…

Depois de muitas dúvidas, começo a respirar de alívio. O trabalho lá vai surgindo e já ando mais animadita.

Ontem tive o meu primeiro grande evento: Mercado Ibérico de Electricidade. Ui… Só o nome mete medo. Lá me aguentei. Podia ter corrido melhor, mas confesso que Economia não é o meu forte.

(Não) Há vida depois da barata

A minha vida nunca mais foi a mesma depois da barata ter invadido o meu doce lar. Essa é que é essa. Longe vão os tempos em que andava descansadinha da silva pela casa fora, sem apertos no coração, nem angústias no peito com medo de me cruzar com aquela bicheza.
Ai que saudades de entrar na minha casa de banho sem ter de inspeccioná-la antes e de lavar os dentes sem estar constantemente a olhar para trás.

É verdade, o exterminador de baratas fez uma vistoria à casa e a respectiva desbaratização, no fim, desvalorizou o caso. Continuo, porém, muito desconfiada. Não é para menos…

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A barata diz que tem sapatinho de veludo, é mentira da barata…

Hoje foi, sem dúvida, a pior manhã da minha vida e nada fazia prever o que me esperava. Como todos os dias, acordei ao som do despertador do telemóvel, procurei o comando entre os lençóis e liguei a tv na Sic Notícias para saber o que se andava a passar no Mundo. Já esclarecida, levanto-me – a muito custo – e arrasto-me para a casa de banho, como todos os dias. E eis que… vejo uma intrusa na minha prateleira: uma barata. Mas como é que o animal entra em minha casa assim sem mais nem menos? E logo quando o meu general já tinha saído…
O meu coração nunca bateu tão rápido. A primeira reacção foi pedir socorro, mas o meu general já estava em missão. Ali fiquei com uma angústia tão grande, de um lado para o outro sem saber o que fazer. “Pega na vassoura e mata-a. Mata-a, mata-a e deita-a na sanita”. Era “só” isto que tinha de fazer. Pois, pois... era o fazias!
Dez minutos depois, a bicha lá se enfiou dentro de um rolo de papel higiénico e eu – com um nó no estômago - fui buscar a pá e – cheia de náuseas - deitei o rolo no saco do lixo que, a esta altura, já está bem longe de minha casa.
Agora só volto a entrar em casa com uma equipa de desbaratização à minha frente para inspeccionar o terreno. A missão está marcada para as 17 horas e vai custar 90 euros.
É nestas alturas que questiono o meu velho sonho de me mudar para o campo. Será que o meu coração vai aguentar tanta bicheza junta?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Cheiro de infância

Esta manhã mergulhei nas memórias da minha infância ao ler o artigo de sete páginas da revista Visão “Geração dos trinta”. Há lá coisa melhor do que a despreocupação, a brincadeira, a alegria e a inocência?

O pão com Tulicreme e o Caprisone de laranja.
Os Estrunfes, o Verão Azul, o Tom Sawyer, a Bota-Botilde.
A dança das cadeiras e o jogo do elástico.
Os teatros e as cantorias nas noites de Natal.
Os raspanetes da mãe.
O risco ao lado que a tia Teresa me fazia depois do banho.
O ataque de cócegas da avó Lila.
O se faz favor do avô Lilo.
O chapéu do avô Zé.
O bolo Podre da avó Maria.
Os funerais das formigas e dos bichos-de-conta nas caixas de fósforos.
As tardes nos museus e nos jardins de Lisboa enquanto a mana velha namoriscava.
Os Playmobil do mano religiosamente bem arrumados e divididos – capacetes para uma caixa, armaduras para outra, cabelos noutra, cavalos, motas e carroças afilados numa estante.
As tardes a decorar o verbo To Be.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mudasti?


É impressão minha ou os polícias estão mais simpáticos,? O assunto é polémico, eu sei e tenho consciência dos riscos que corro ao levantar esta questão, mas alguém tem de o fazer, verdade?!
Numa altura em que ao virar da esquina há um radar à espreita, eis que surge um novo perfil do agente de autoridade.

Caso1:
No outro dia ia a fazer os meus telefonemas higiénicos durante o percurso trabalho/casa e eis que me aparece um acelera no meu lado esquerdo. Ainda pensei que fosse algum engraçadinho a querer conversa, é o prato do dia... Ups. A bófia!
Sem auricular pensei: “estás lixada!” E não é que não estava…
Depois de 15 minutos a ouvir um sermão como há muito não ouvia mas que me deixou com um nó na barriga ao perceber que corria o risco de ficar sem carta durante um mês porque já tenho cadastro (excesso de velocidade), lá ouço a célebre expressão: “Vá, siga lá…”
Ai obrigadinha, obrigadinha.

Caso 2:
Não aconteceu comigo, mas aconteceu. Passava pouco da uma da manhã de quinta-feira, à saída do Lux, um condutor passa o sinal de vermelho. Azar dos azares. Á frente uma operação Stop. Conversa para aqui, conversa para acolá, nada de teste do balãozinho e nada de multa.

Dá ou não dá vontade de perguntar: Mudasti?

Obrigada Público!

O Público reconheceu, está reconhecido.
Desde que me dediquei a estas andanças da assessoria nunca mais vi um texto meu escarrapachado nas folhas de um qualquer jornal ou de uma qualquer revista. Nem tão cedo pensava ver, pois tive de suspender temporariamente a carteira de jornalista por incompatibilidade. Portanto, foi com grande emoção que vi um post da minha autoria publicado nos Bologues em papel ( Público, edição 11 de Setembro).

Há noites fantásticas, não há!?


Não fossem as trufas de chocolate, uma mão cheia de boas amigas, o fado, o hip hop, o general lá se ter decidido acompanhar-me e a câmara fotográfica da mana, a noite de ontem tinha sido mais uma… Mais uma que ficava marcada com o episódio das chaves esquecidas.
Uma história que me persegue há longos anos. Estávamos no ano de 1990, à porta do teatro D. Maria, prontos para assistir ao Poder de Górgone, com Rui de Carvalho. A peça foi um sucesso e a viagem para casa foi de táxi.

Um pulo até ao Verão de 2005. Depois de um fantástico dia de praia, nada melhor do que terminar com um choco frito nas tascas de Setúbal. Era bom… não fosse um truque de magia (negra) ter trancado o carro durante a travessia do rio Sado. Resultado: QUATRO viagens de barco até chegar a chave suplente.

Para matar saudades destas aventuras, ontem voltámos a passar pelo mesmo.
Papel principal: a chave de casa.
Cenário: Porta do Lux
Décor: Sapato vermelho, unha Gabriela, rabo-de-cavalo postiço (depois explico), maquilhagem de noite.
Trama: “Tens a chave de casa? Não, tens tu?! Não…”
Uma unha negra depois e os estores destruídos regressámos à festa.
Há noites fantásticas, não há!?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Child dreams

Em miúda, tinha a mania de dizer que quando crescesse queria andar de unhas compridas e vermelhas, sapatos de salto, ter uma secretária grande com muitos papéis, gabinete com uma vista bonita e um cadeirão.

Semana sim, semana não, lá vou eu à minha querida Maria fazer a manicura vermelha que oscila entre o Carmim e o Gabriela. Não passo uma estação sem comprar, pelo menos, dois sapatos da nova colecção. Tenho uma secretária grandita, um cadeirão e vista para o Rio Tejo.

Para os mais distraídos: faltam-me o papéis…

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Assim foi o meu fim-de-semana















O segredo está nas plásticas

Muito tem sido dito e escrito sobre o caso Madeleine McCann. Prometo não ser mais um inspector de sofá. Aliás, é mesmo isso que me leva a escrever, talvez por não conseguir ter uma opinião formada sobre o desaparecimento da pequena Maddie, suspeito que devo ser a única…
Por um lado, as suspeitas que caem sobre os pais, em particular a mãe, dão-me alguma tranquilidade no sentido da resolução do mistério. Por outro lado, recuso-me a acreditar na estratégia fria e cruel daqueles pais que nos poderão ter feito de palhaços com uma campanha fraudulenta, chegando à bênção Papal.
É tudo muito estranho, é verdade. Mas daí a tentar-se resolver o crime pegando nas alegadas plásticas de Kate, como já ouvi por aí, na maquilhagem e na ausência de lágrimas… é ir longe demais. “Hum… vê-se logo que está envolvida no crime, olhem lá para aqueles plásticas no nariz!”

Uma palavrinha a todos aqueles que criticam a forma como a comunicação social está a fazer a cobertura deste caso: Foram os próprios pais que chamaram a imprensa, usando-a como ferramenta nas buscas da filha. Contrataram assessores, convocaram conferências e marcaram entrevistas.
Mais grave, são exactamente essas pessoas, que criticam o circo montado em torno deste caso de polícia, que se sentam no sofá e se colam em frente ao ecrã a querer saber mais e mais. Para saberem mais, é preciso alguém investigar e, neste caso, essa missão é dos jornalistas. Respeito!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Bela manhã...

Está uma pessoa a tentar passar despercebida, numa missão de alto risco, em pleno hipermercado ao fazer uma pesquisa de publicidade na secção das revistas sem ser apanhada e é abordada por uma criancinha histérica, do outro lado do corredor: “Senhora! Senhora, já chegou o jogo xpto?” Levantei o olhar, sem nunca imaginar que a senhora era eu, e não é que era mesmo… Mas já não se pode vestir vermelho nesta terra? Somos assim confundidos com os funcionários do Continente. Irra, gentinha…

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Acreditar ou não, eis a questão

O Segredo da australiana Rhonda Byrne está a deixar-me louca. Eu juro que queria acreditar que os crepes, as pastas italianas, as bolas de berlim e de gelado de arroz doce não me fazem engordar, mas... e a balança, hein?! Ela esqueceu-se desse pormenor de grande importância...
Alguém me explica como é que eu ponho em prática a teoria: “Os alimentos não o fazem ganhar peso, a não ser que acredite nisso.” Desculpem lá, mas isto é demais. Afinal o segredo da elegância é pensar, em cada garfada, que "estas 1100 calorias não se vão reflectir na ancas…” Tenha juízo Miss Byrne! E lembre-se que é muito feio andar aí a enganar as pessoas.
Eu cá não acredito nessa teoria das "boas energias atraírem energias boas". E as desilusões? Os desgostos de amor? As doenças? Não andamos por aí a torcer que um cancro apareça ou que alguém nos magoe profundamente...

Sim, to deprê. E muito... Mas queria acreditar.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007


terça-feira, 14 de agosto de 2007

Los verbos

Só para tranquilizar. Sim, a professora questionou os verbos, tal como temia… Mas aqui a Boop fez um brilharete. Desta vez até acertei… Ufa!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O verdadeiro choque tecnológico

Irritantes por natureza, as segundas-feiras são os dias mais odiados pelos comuns dos mortais, mas há umas que abusam.

Há um mês decidi levantar o meu relatório clínico para ouvir uma segunda opinião. À partida seria um processo simples: toma lá o dinheiro da consulta, dá cá as dezenas de exames que me fizeram ao longo de cinco anos. Fácil, hein? Mas não. O português tem de dificultar: “A senhora tem de preencher um questionário, marcar uma consulta e comparecer com o marido”. Esperei quatro semanas.
Hoje, 30 minutos antes da hora marcada, estava na sala de espera da Maternidade Alfredo da Costa. Passou uma hora, passaram duas horas e decidi rodar a baiana. “Importa-se de me dizer o que se está passar com a minha consulta, hein?!” “É por ordem de chegada”, responde-me a tal senhora que ao longo deste tempo que frequentei aquele serviço nunca inovou os gestos, o discurso (cheios de chesss), a farda, o relógio, o penteado, nem os chinelos.
Se é por ordem de chegada, afinal porque marcam hora? Nunca percebi. Continuando. Aqui a Boop, já possessa e a embirrar com a própria sombra, é chamada pela médica, que diz…
aqui muita atenção, pois este é o verdadeiro, o autêntico CHOQUE TECNOLÓGICO: “Vá beber um cafezinho porque houve uma avaria no computador e não lhe consigo fazer já o relatório”.
Contei até mil em apenas um segundo. Vocês segurem-me.
Perdi uma manhã de trabalho, corro o risco dos meus directores suspeitarem que prolonguei o fim-de-semana e, depois de duas horas e meia à espera, ela confessa que o relatório não estava pronto. Então a consulta de levantamento de processo serve para ver uma médica a bater o meu relatório? É impressão minha ou isso já devia estar pronto?

Para piorar o meu dia, que amanheceu turvo, só me falta terminá-lo com a professora de espanhol (em breve conto-vos esta aventura españuela) a questionar os verbos e eu não acertar um…Também calhava-me sempre o vosotros... Irra!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Hora B




Colocada no chão, mesmo no centro do consultório, como se ela fosse dona e senhora do pedaço, a ba…balan…. (respira) a balança parece que só ali está para me atormentar a vida. É chegada a hora B. “Tire os sapatos”. Ui… A boca fica seca, os joelhos tremem, forma-se um nó no estômago, sinto medo, muito medoooooo. Tento ver os números a passar, sem nunca mais parar , acabo por desviar o olhar até ouvir as palavras da médica. “Muito bem! Um quilo e seiscentos”. E assim passou uma semana. Venham mais cinco!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Corrida de Gala à Antiga Portuguesa



Foto de Leonardo Negrão

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Missão abortada



A vida é assim mesmo. Dá volta e voltas. E a minha deu uma de 360º.
Adeus havianas, adeus jeans de segunda a sexta, adeus burburinho da redacção, adeus hora de fecho, adeus picos de stress, adeus fontes. Missão abortada.

As propostas surgem e nós estamos cá para agarrar as boas, com unhas e dentes. Não foi difícil decidir. De um lado avistava-se um Verão a correr atrás dos famosos pela praias do Algarve, do outro, aguentar as temperaturas altas, que (quase não) se fazem sentir este ano, num gabinete no centro de Lisboa com ar condicionado, vista para o rio Tejo e confortavelmente sentada num cadeirão. Já para não falar no ordenado, no lugar de garagem, nas regalias nas viagens, no desafio, no tempo disponível para apostar na minha formação.

Não vou dizer que não tenho saudades de andar atrás de uma boa história, É claro que tenho!

Isto tudo para vos dizer que, afastada do mundo cor-de-rosa, fica impossível manter as fofocas actualizadas. Porém, fica a minha palavra que quando presenciar algo ou um passarinho contar-me algo interessante cá estarei a meter a boca no trombone. Contudo, contam com a mana Betty, que apesar das histórias bombásticas não lhe deixarem muito tempo para as fofocar neste espaço, a verdade é que quando tiver oportunidade, ui! será de arrepiar…

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tentações




Como o Inverno significa, para mim, fins de tarde no Chiado a comer um croissant da Bénard recheado de boas conversas entre amigas enquanto a chuva provoca o caos na cidade, o Verão é sinónimo de bolas de gelados de arroz doce da Veneza, na esplanada da marina de Vilamoura, e bolinhas de Berlim ao fim da tarde na praia da Falésia. É assim há quase 30 anos. Desde que me lembro.
O fim das férias significa exactamente isso: o fim de tudo o que é bom, saboroso, gostoso. Foi com um aperto no coração que me despedi das minhas redondinhas bolinhas e redondinha é como me sinto e por isso decidi fazer dieta, mais uma…Mas desta vez é que é!

Agora é que eu compreendo os alcoólicos, toxicodependentes e demais viciados. Resistir não é fácil e o que há mais para aí são tentações. Ao virar da esquina, quando menos se espera, pimba!
Um almoço inofensivo, em que uma pessoa vai mentalizada a consumir uma refeição light, tal como manda a médica, compenetrada, sem olhar para as mesas do lado de onde vem o cheiro a batatas fritas, faz o pedido e a resposta: “Só? Mas não quer o molho especial? Uma batatinha, hã?”

E quando uma pessoa tenta distrair-se da fome que sente a ler um jornal ou uma revista e depara-se com receitas light mas na realidade hiper calóricas. É só tentações, uma pessoa não aguenta…

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Round 2


Depois de umas merecidas férias, em que durante os últimos 15 dias dividi-me entre o muro de uma piscina lá para os alentejos e a areia fina de uma praia algarvia, a Boop está de volta. Custa, custa muito. Principalmente quando à minha volta está tudo a preparar-se para ir de férias…
Vão! Lisboa fica só para mim.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A queda do mito

Vamos lá esclarecer alguns pontos que andam para aí a atormentar muitas cabecinhas.

  1. Não há cá jornalismo pago! As revistas do social não pagam entrevistas, muito menos manchetes e capas.
  2. Sim, já aconteceu algumas figuras públicas – como é o caso da Bárbara Norton de Matos – pedirem dinheiro para fazer uma produção fotográfica com fins jornalísticos. Ridículo! Mas para promover o seu restaurante de sushi é só sorrisinhos… Espertinha. Mas como ela há muitos.
  3. Sim, há paparazzos combinados. As figuras públicas ligam para as redacções e contam onde vão estar, com quem e a que horas.
  4. Sim, já aconteceu darem exclusivos da primeira foto do bebé em troca de um quarto de criança.
  5. Sim, já aconteceu darem uma entrevista em troca de uma viagem
  6. Sim, faz-se produções fotográficas com a garantia de capa de revista.
  7. Sim o ponto n.1 é tanga!

As magias do Photoshop

Há quem diga que tudo mudou depois do telemóvel. Eu diria que tudo mudou depois de terem inventado o Photoshop. Para quem não sabe, é um programa informático de edição de imagem que permite manipular as fotografias.
Vários famosos se têm servido destes truques para saírem melhor nas revistas. Aliás, por diversas vezes, o que encontramos ao vivo é uma verdadeira fraude face àquilo que conhecíamos das revistas.
E desde que estou na imprensa cor-de-rosa já lidei com alguns desses casos, que tenho a liberdade de partilhar neste espaço da blogoesfera.
A Fátima Preto teima em fazer produções em biquíni sem a depilação feita. Os pêlos são depois tirados em Photoshop mas o pior é quando passa algum tempo sobre as produções e os gráficos se esquecem que as fotos não estão tratadas e sai a mulher cheia de pêlos com um título a dizer que está preparada para o Verão. Enfim... se ela está preparada, vou ali e já venho.

O José Castelo Branco exige sempre imensos retoques, não fosse ele o homem/mulher mais insatisfetito à face da terra com o seu corpo. Estou a lembrar-me de há relativamente pouco tempo ter imposto que só se deixava fotografar se lhe limpassem as rugas do pescoço. A coisa fez-se!

Recordo ainda outro caso, desta vez com a actriz Margarida Vila-Nova que só aceitou ser fotografa em biquíni caso lhe fosse estreitada a cintura. A revista assim acedeu e lá saiu ela, com uma cinturinha de vespa, toda gira dentro de água.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Má!

Se há algo que não me orgulho é de não ser uma pessoa prestável. Não sou, pronto reconheço. Não é bonito eu sei, mas sou assim. O defeito ou o feitio já vem de família. A minha avó Maria não era e o meu pai não é. Opá, não deixamos de ser boas pessoas por causa disso, ok?! Lá por não gostar de pôr a mesa quando a família se junta nos almoços de domingo, não é o fim do Mundo. Aliás, eu corto sempre o pão e coloco esteticamente nos cestinhos: o tigre para um lado, a broa para o outro, um cesto para os integrais e os das passas. Não há cá misturas!
Agora imaginem quando a Lili Caneças disse – sim, ela não pediu o favor, também não fazia grande diferença… - para eu carregar os vestidos que ia usar numa produção fotográfica. Ai, que nervos. “O que faço?”, pensei. Ainda tentei fingir que não tinha ouvido, mas a tia apressou-se em meter-me nos braços a tralha… Respirei fundo e pensei na idade da senhora.
Conclusão: pior do que não ser prestável é ser arrogante e ter falta de humildade! Toma, embrulha!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Eu gosto!


Há quem o odeie, pois eu confesso que gosto. Ainda não tive a oportunidade de entrevistá-lo pessoalmente (por enquanto só falámos ao telefone) mas gostaria muito de fazê-lo. E porquê? Porque acho que o Cláudio Ramos tem a cabeça muito arrumadinha, tem um sentido crítico muito direccionado, não fala só por falar e tem um excelente jeito para fazer a graça. É, sem qualquer sombra de dúvida, o melhor na Tertúlia Cor-de-Rosa! Depois, é um tipo com muita energia, que sabe vestir bem e que tem muito estilo. Como nem tudo é perfeito, tenho a dizer ao menino que acho que já é altura de assumir a sua homossexualidade. A sociedade já não o mata por isso, o menino é maior e vacinado e seria, com toda a certeza, muito mais feliz. É que isso de ser frontal para umas coisas e para outras não... Os trejeitos de bicha (sabe que os tem!) dão-lhe imensa graça, mas teriam ainda mais se todos soubéssemos que era um gayzola de primeira apanha. Força Claúdio!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

O verdadeiro sorriso amarelo


Ponto de encontro: LA Café. Chego à hora marcada, cheia de vontade de sacar uma história – quem me conhece sabe que sou assim, gosto de escarafunchar pronto! Vestidinha de amarelo, dos pés à cabeça, aparece a protagonista deste episódio, sempre na moda, na moda dela… Conversa de gaja para aqui, conversa de gaja para acolá e é chegado o grande momento jornalístico: a cacha. “Fátima Preto perde trabalho por causa do aparelho dos dentes”. Tcham, tcham, tcham, tcham.
Estava tudo a correr tão bem e meto uma argolada daquelas, que nem é nada meu… é mais ao estilo da minha grande amiga Marianecas (é verdade, sabes k é…) Já nos finalmentes, aqui a Boop lembra-se de fazer uma ligação estapafúrdia entre a roupa da moça – que é bem simpática por acaso - e o aparelho dentário: “Costumas fazer pandant dos elásticos do aparelho, todo amarelinho, e a tua roupa?”. “Não… estive a beber café, na verdade os elásticos são brancos”, responde. Ups. O verdadeiro sorriso amarelo…

A outra mana


Olá, chegou a minha vez de inaugurar este novo espaço da blogoesfera. Espero que aqui comece uma grande cuscuvilhice, sempre com muito nível, e que as nossas experiências possam de alguma forma matar-vos a curiosidade sobre os dramas e as alegrias que vivemos por trabalharmos com famosos.

Fiquem connosco... a Betty e a Boop é que sabem!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Repórteres de Guerra


Sempre sonhei ser repórter de guerra. A única experiência que tive acabou da pior maneira e mais frustrante para um jornalista: acabei por ser barrada na fronteira do Iraque. Respirei, no entanto, o cheiro de guerra, de insegurança, de medo e de tensão. Ao entrar numa redacção cor-de-rosinha estava longe de imaginar que ia voltar a sentir o mesmo. Não é que senti?! Arrastada pela Betty – sim, mana a história era tua! – a dupla maravilha armou-se em Sherlock Holmes e o resultado não foi famoso… Logo na primeira capa, feita a quatro mãos, fomos ameaçadas de morte. Só para calar aqueles que pensam que isto é só festas… O histerismo de uma actriz, bem conhecida do público português, deixou-nos com as pernas bambas. Durante um mês fomos escoltadas pelo pai, mãe, marido, noivo e seguranças da empresa. Apressávamos o passo em direcção ao carro e a caminho de casa a atenção era redobrada nos outros veículos para não sermos seguidas. Hilariante! Há aqueles que ficam com a síndrome do pós-guerra, pois nós, mais chiques, ficámos Lencastre-traumatizadas.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Saudações blogueiras



Manda a etiqueta - minha querida Paula Bobonne que tanto tens a aprender - cumprimentar os presentes na hora da chegada. Pois tomem lá duas beijocas e fica por aqui, não há cá agarranços para ninguém... Duas manas, unidas pela amizade e paixão pelo jornalismo, entraram na imprensa cor-de-rosa à "força" com a taxa de desemprego a aumentar o que queriam que fizéssemos, hã?! Entusiasmadas com as festarolas e em conhecer alguns famosos que tanto admirávamos, desde actores, futebolistas, cantores a modelos, mal sabíamos onde nos íamos meter... Devido ao elevado assédio de amigos, familiares e desconhecidos que querem saber o que está por trás da fama decidimos matar a curiosidade. Espreitem connosco pelo buraco da fechadura.