quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Remédio santo

O chocolate é, sem dúvida, o melhor amigo da mulher. Quando mais precisamos, ele está lá. Nunca nos falha. Sai de uma pequena caixa de papel, num embrulho que nos provoca logo um sorriso pela doce tentação e depois cria uma sensação única, logo na primeira dentada. Ali fica, à nossa espera, sem pressões, sem cobranças. À espera, simplesmente. Fiel companheiro nas horas más e remédio santo para a alma que teima em manter-se em modo tristonho.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

E agora segue-se a Passagem de Ano. 2010. Gosto do número. Em espécie de balanço, 2009 não foi um bom ano. Até podia ter sido. Tinha tudo para ter sido, mas suspeito que termine tal como começou: mal. Pelo meio, teve algumas coisinhas boas, é justo reconhecer. Ri muito, ganhei três sobrinhos novos, fui ao Rio de Janeiro, a Búzios, a Barcelona, a Amesterdão. Emagreci, cortei a franja. Fiz novos amigos e reencontrei outros, dos tempos do liceu. Apaixonei-me. Sonhei. Iludi-me e... desiludi-me.


Quando tocarem as 12 badaladas, ainda não sei onde vou estar (hoje surgiram duas propostas - Madeira e Londres - mas acho que vou até ao Alentejo). No Funchal, em Inglaterra ou no monte, uma coisa é certa: subo a uma cadeira e juro...

... seguir em frente sem cair em tentação de olhar para trás. No novo ano, quero viajar muitoooo, beijar ainda mais e ser feliz. Aliás, é só por isto que vale a pena andarmos por aqui, tudo o resto são peanuts. Este é o meu lema de vida e nestes últimos meses andei distraída. O que vale, é que me passa depressa e a velha Boop está de volta. Bom Ano!

Um Natal diferente



Top+ de Holanda










domingo, 13 de dezembro de 2009

Carências

Eu sei que estás aí desse lado. E sei que não és o/a único/a. Só gostava de saber porque não escreves algo... Comentários precisam-se. Não gosto de chegar aqui e não ter assim uma palavrinha, sei lá, qualquer coisinha. Um smile, vá...

sábado, 12 de dezembro de 2009

P.S - Queres ser minha madrinha de casamento?

E foi assim, sem mais nem menos, que abri um email e em vez da previsão do meu signo para 2010 ou a confirmação de uma reportagem tinha este belo convite. Olha, aceito. Liguei e disse-lhe que sim, também assim, sem mais nem menos, sem jantar, abraços nem beijinhos.

Ironia do destino. Num ano em que me vou divorciar, em que vivo uma história apaixonante, em que sofro uma desilusão amorosa, em que surgem dúvidas e certezas quase a cada minuto do dia, vou organizar um casamento.

A M vai casar com o PB e eu sou a madrinha. Vocês dois estão em boas mãos. Verdade é que não podia ter escolhido melhor pessoa para este papel. A Festa do Ano está marcada para o dia 26 de Setembro de 2010.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Não, não chorei. Tentei. Até me esforcei-me por algumas horas. O cenário estava montado. Quarto escuro, Anatomia de Grey, chocolates, lenços de papel, música lamechas. E? E... nada! O telefone tocou e preferi aproveitar a vida do que obrigar-me a ficar em modo depressão só porque "às vezes faz bem", como dizem alguns. Eu acho mesmo que não faz nada bem. Não fui mesmo feita para desperdiçar o meu tempo com coisas tristes. Mergulhar na neura e ver a vida correr à nossa frente. Não gosto mesmo de complicar as coisas. Ai, de alimentar dramas, faço tudo para evitar sofrer, não valorizo os problemas e prefiro preocupar-me a encontrar soluções. Chamem a isto irresponsabilidade, mimo, não sei. Também, não me importo. No fundo, sinto-me feliz e prefiro aproveitar este belo estado de alma.

Sinto-me feliz porque ontem recebi um Pai Natal de chocolate. Sinto-me feliz porque no domingo jantei frango assado com batatas fritas e bebi coca-cola. Sinto-me feliz porque hoje tomei o pequeno-almoço na Bénard e também porque "descobri" um verniz novo. Lindo, não é?! Chama-se Grão de Café, nova colecção da Risqué.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Hoje vou tentar chorar

Há os fins-de-semana das compras, os do cabeleireiro, os das massagens, os de amigas, os de amigos, da família, os de festa. Já disse os das compras?

Este é aquele fim-de-semana em que vou chorar. Decidi assim. Sim, sou eu que decido. Andava a adiar há algum tempo, mas desta não passa. Acontece-me isto uma vez por ano, acho eu. Na verdae, não me lembro da última vez. É mais ou menos assim: deito-me a pensar que amanhã vou chorar. Tentar. É que eu tenho este problema. Este problema de não chorar e isso não faz de mim má pessoa, nem significa que não tenho sentimentos. Não choro, pronto. Não perguntem a razão, que não sei. E hoje é o dia de chorar, já é de noite e ainda não chorei. Fechei-me no quarto escuro, dormi até tarde ao som de músicas lamechas, vi séries românticas e... nada!

Ainda há amanhã.

O meu quarto novo

Tinha pensado em mudar-me para uma casa só minha. Comprar as minhas bolachas e os meus iogurtes sem correr o risco de alguém os comer antes de mim. Estar mais perto do trabalho, dos amigos, dos sítios que frequento, das lojas onde faço as compras. Passar as noites sozinha. Comer no sofá e não ter de ir para a mesa, para o lugar de sempre, à direita do meu pai e ao lado do meu irmão. Tinha pensado em mudar-me, mas já não penso. Apetece-me mais um bocado de mimo. Os da minha mãe, que todos os dias questiona que não tomo o pequeno-almoço, que não gosta que a sopa fique a meio, que não lhe ligue a avisar que não durmo em casa. Os do meu pai, que são tão à maneira dele: o carro que não tem combustível e que preecisa de uma limpeza. Os cigarros que me pede para ir buscar ao escritório, mesmo quando sabe que nunca vou. O meu irmão que, todas as manhãs, entra pelo meu quarto a dentro e questiona as horas a que vou trabalhar. Os ataques das minhas sobrinhas e da minha irmão ao meu roupeiro. É bom estar entre os que mais amamos e os que nos amam mesmo assim como somos. Com o nosso mau feitio, os defeitos, o nariz arrebitado. E gostar é isso mesmo. Com os defeitos.

E como já não penso em mudar-me para uma casa só minha, decidi mudar a decoração do meu quarto. É mais ou menos isto:

É só por isto que gosto do Inverno


domingo, 29 de novembro de 2009

Lá fora faz tanto frio



E lá fui eu. De galochas, luvas, gorro, camisolas, casacos, meias de lã, polares e de manta até ao Alentejo. E no campo faz tanto frio. Um frio diferente que gela os ossos e que custa a passar. Cheguei a Lisboa e parece que o trouxe comigo. Trouxe também novos números de telefone, novos requests do facebook, novas histórias para contar. Três dias, duas noites. Tempo bem passado.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Fim-de-semana na lama

E foi há um ano


Manel - o 5.º elemento

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A última vez


Há nove meses que nos andávamos a preparar. Diziamos que era o último pequeno almoço sem biberãos em cima da mesa, as últimas compras sem birras, nem carrinhos de bebés, a ida ao cabeleireiro sem a preocupação da tinta fazer efeito antes da hora da mamada. Era a última vez.

Aproveitámos bem. Nós as três. Rimos juntas, chorámos, aprendemos, crescemos. Namorámos, casámos e até nos separámos. As zangas, as brincadeiras, as gargalhadas. As viagens, as bebedeiras, as perseguições aos carros do lixo. Dançámos. Ficámos mulheres.

Agora, temos o Rodrigo, a Camila e a Joana. Nada será igual, é verdade. É bem melhor! As conversas são interrompidas por causa de fraldas sujas ou de arrotos, é verdade, mas eles estão em primeiro lugar. E não é assim tão chato. Ai, já arrotou, que alívio. Que alegria. Fazemos agora uma festa pela grama que o Rodrigo engordou, porque a Joana já não tem cólicas e pelas duas horas de sono que a Camila dorme seguidas.

Sou uma madrinha e uma tia feliz. E elas continuam a ser as minhas manas de coração, Aqueles a quem ligo a qualquer hora para contar as minhas histórias e só elas entendem. E só elas se zangam quando assim tem de ser e só elas se riem porque é mesmo caso para isso. E só elas me chamam à terra quando ando na lua. E só elas se preocupam. E só elas se excitam com as minhas aventuras. E só elas sabem que eu não sou nada do género de escrever posts assim. Apeteceu-me. E elas sabem o motivo.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

33, diga lá outra vez

Pois é já amanhã que vou soprar 33 belas velas. E, se por um lado, queria fazer uma festa de arromba, por outro, não me apetece fazer nada. Resultado: Será um jantar de família, seguido de uma taça de champanhe com os amigos. O vestido já está comprado, o Moet comprado e o penteado escolhido.

Segue em baixo, a lista de presentes para os indecisos ou com falta de imaginação.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O principezinho



Dois meses e sete dias depois conheci, finalmente, o Digo. Senti-lhe o cheiro, dei-lhe a mão, dei-lhe colo, olhei-o nos olhos, contei-lhe os dedos dos pés, analisei o umbigo, as orelhinhas. Cantei para ele. Viu-o mamar e a adormecer. Ouvi-o chorar.
Foi hoje e já tenho saudades.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Há as separadas, as casadas, as divorciadas, as mal casadas, as mal fodidadas, as apaixonadas, as acomodadas, as mães de família, as tias, as malucas, as urbanas, as suburbanas, as românticas, as fofinhas, as insatisfeitas, as sonhadoras, as complicadas, as gajo, as infantis, as provocadoras. Mulheres há muitas. Há para todos os gostos e feitios. Aqui me confesso. Sou das separadas, mas que recusa alinhar em grupos de mulheres que combinam jantares desesperados às sextas-feiras só para irem para um qualquer espaço suburbano espalhar sensualidade e levar para casa um "brinde" quando no fundo querem mesmo é voltar a encontrar um homem. Simplesmente um homem. Para lhes mudar as lâmpadas da casa de banho ou simplesmente para terem em quem mandar, a quem dar satisfações. Sou ainda das apaixonadas. Sim, acho que estou ou estive, sei lá, mas será um tema com direito a um post só para ele. Acomodada? Nunca! Romântica? Gostava, mas o meu nariz arrebitado não me permite. Insatisfeita me confesso. Se, por um lado, entusiasmo-me com o que se passa à minha volta e vou até ao fim do mundo para conseguir algo, por outro, perco a tesão assim que tenho o mundo na mão. Mulher-gajo. Tenho dias assim. Muitos. Não estou para conversas sérias, não quero dar satisfações, só eu e o meu umbigo. Provocadora, humm... tem dias.

On my own

Ainda vou a tempo. Ainda vou a tempo de aprender a ir sozinha para casa. Ainda vou a tempo de aprender a ir sozinha almoçar. Ainda vou a tempo de aprender a ir sozinha de férias. Ainda vou a tempo de aprender a ir sozinha ao cinema. Ainda vou a tempo de ver sozinha televisão. Ainda vou a tempo de aprender a desbloquear sozinha o meu carro. Ainda vou a tempo de aprender a decidir sozinha a minha refeição. Ainda vou a tempo de escolher sozinha a minha casa nova. Ainda vou a tempo de aprender a não ser tudo à minha maneira. Ainda vou a tempo.

E se, por um lado, tudo isto parece assustador. Por outro, parece-me maravilhoso.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Apaixonei-me



Apaixonei-me por ele, assim à primeira vista. Cautelosa que sou, não me atirei assim de cabeça. Aqui me confesso. Não percebo nada destas tecnologias. Gosto da cor, do tamanho e do formato. Agora ajudem lá. Quero um telefone, câmara fotográfica, música e internet. O que anda aí a dar?

A Capital fechou há quatro anos. Mais do que o meu primeiro emprego, A Capital tornou-me na jornalista que sou hoje. Mudou a minha vida. Pessoal e Profissional. Lembro-me bem do dia em que comecei a estagiar. Estava na faculdade e ainda sem certezas para o futuro. Ao fim da primeira reportagem, percebi que era isto que queria fazer para o resto da minha vida. Era a escrever, a investigar, a fazer manchetes que me sentia feliz. A tentar mudar o Mundo. Ajudar, pelo menos. E assim foi ao longo de quatro anos. Namorei e casei. Sempre n'A Capital. Cresci, aprendi e fiz amigos. Os melhores. Ainda hoje se mantêm. Passámos juntos pelo melhor e pelo pior. Que saudades dos gritos, das gargalhadas, das lágrimas, dos sorrisos, dos medos, do carinho, dos almoços de grupo, das noites de fecho. Dos croissants do Baloiço. Dos lanches light do XPTO, dos gelados do Yes a meio da tarde. Das boladas dos meninos do Desporto, das reuniões de edição, sempre com o Bruninho a protestar. Das investigações do Guedes, das reportagens deliciosas da Catulo. As reuniões de câmara da Marta e da Oliveira, a calma do Maltez. Do Erast. Da Milocas a pedir as contas e as folgas. Do cheiro dos cigarros. Das lições do Torcato e do Mesquita. As politiquices da Marianecas. Das discussões das touradas lideradas pelo Lázaro. Da euforia e dedicação da Edite Esteves. A boa energia do Claudinho. Momentos únicos que não se repetem mais.

Saudades.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Ando com aquela sensação estranha de estar sentadinha a ver a vida passar. Voltei ao trabalho há uma semana e da lista de afazeres ainda não consegui riscar um ítem. Quero tudo e não quero nada. Esta insatisfação crónica que sofro está a dar cabo de mim. Há para aí sugestões?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Baby Rodrigo já respira sozinho. Um vencedor! Mamã também está bem, a recuperar. Regresso casa está para breve.
Como é que, assim de repente sem aviso, um momento de felicidade torna-se numa tristeza profunda ?

Há seis meses recebi uma das melhores notícias dos últimos tempos. O "primeiro" baby Capital vinha a caminho. A minha mana de coração ia ser mãe... não de um, mas de dois bebés. O Tomás e o Rodrigo nasceram na terça-feira. Apressaram-se para conhecer o Mundo e se, por um lado, a felicidade é imensa, por outro, a preocupação e os medos apoderam-se de nós e o pior aconteceu. O telefone toca e ouve-se a pior notícia. O baby Tomás (que já estava com problemas durante a gestação) não resistiu. O pequeno Rodrigo está bem. Com 1 kg está a agarrar-se à vida e faltam algumas semaninhas para conhecer a sua nova casa.

domingo, 19 de julho de 2009

@work

Mala desfeita, biquinis guardados, banho tomado, cabelo esticado e despertador ligado. Assim chega ao fim o último dia de férias. Férias... Cinco folgas e cinco dias de férias. Fazendo as contas ainda tenho pela frente qualquer coisa como mais três semanas de puro relax. Dias que ainda não estão marcados no calendário. Há uma viagem combinada para regressar a Moçambique, um convite para entrar em 2010 com a família no Brasil e ainda a tão desejada Nova Iorque. Até lá, duas semanas já passaram e o balanço é assim assim.
Houve praia? Houve sim senhora. Mergulhos? Alguns. Bolinhas de Berlim? Simmm. Gelado de arroz doce? Soube a pouco... Mojitos? Um ou dois. Amêijoas à Bulhão Pato ao final da tarde com sangria geladinha? Também houve.
Amanhã é dia de voltar ao mundo dos crescidos. Tenho dez horas pela frente e serão passadas a dormir de forma angustiada a pensar na hora em que o desperatdor vai tocar e que eu o vou ouvir logo à primeira. Depois? Depois desligo-o enquanto penso que devia levantar-me e viro-me para o outro lado e volto a adormecer. Só depois acordo e arrependo-me de o ter desligado e de não me ter levantado logo. Vai ser assim. Uma correria. Vestir à pressa, sair sem comer e voar até ao trabalho onde chego e sou recebida com alguns olhares reprovadores devido ao atraso, à irresponsabilidade. Normalmente, aos domingos, penso sempre que a partir de agora levanto-me da cama ao primeiro toque do despertador. Visto-me calmamente, tomo o pequeno-almoço em casa e vou serenamente trabalhar. Agora, já não me engano. Não vale a pena. Eu sei que vai ser assim e não tenho outro remédio.

Desta vez, como das outras, voltei a fazer a lista de tarefas para depois das férias. Não, levantar cedo não faz parte. Não vale a pena tirar espaço ao post.
- Inscrever-me no ginásio
- Frequentar o ginásio
- Inscrever-me numa escola de dança
- Não inventar desculpas para faltar às aulas de dança
- Mudar de casa
- Cozinhar em casa
- Deixar crescer a franja
- Não comprar sapatos (até ao Inverno)
- Comer um chocolate por semana
- Resistir ao chocolate nos outros seis dias
- Juntar dinheiro
- Marcar consulta no oftalmologista
- Não desmarcar consulta
- Cuidar do meu único rim
- Comprar um tlm
- Tratar das Finanças
- Trocar de carro
- Ligar ao avô em vez de esperar pela sua chamada
- Marcar o almoço que está em falta com a Maria João
- Jantar com a Tita
- Comprar os presentes para os twins que estão aí a chegar

O meu sorriso

"Não percas nunca esse sorriso", sussurrou-me. Desceu da bancada onde estava, entre a multidão, só para segredar estas palavras no meu ouvido e depois, sem mais nem menos, voltou para o seu lugar ao som de A Dustland Fairytale, dos The Killers. Palavras de um estranho que, sem aviso, me despertaram do conto de fadas que tenho estado a viver. Não sei o seu nome, a profissão, o signo, nem a idade, mas não vou esquecer aquela cara. Cabelo preto, curto, com pequenos caracóis disfarçados no gel de efeito molhado. Óculos. Olhos pequenos, escuros. Camisa branca e jeans. Vi-o aproximar-se e, confesso, pensei de imediato: "sem paciência para conversas, o que quer este gajo..." E quando menos se espera a nossa vida gira e tudo faz sentido. Ali, no Estádio do Restelo, a ouvir o magnífico Brandon Flowers com a cabeça em lado nenhum surge um desconhecido e obriga-me a olhar para a frente. Na verdade, ninguém tem o direito de roubar o sorriso a alguém, mas - mais importante - ninguém o deve, nunca, permitir. Não vale a pena julgar quem faz mal, quem erra, quem mente, quem engana. É perder tempo. Andar às voltas com acusaçõe, não vele a pena. Está nas nossas mãos protegermo-nos, já que não existe uma lei contra este crime que continua a fazer vítimas em todo o Mundo. Não existe profilaxia, nem vacinas para esta praga que faz parte da vida, mas podemos reduzir os danos colaterais com um sorriso no rosto.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

No meu deserto


Onze anos e quatro meses depois chegou ao fim uma bela história de amor entre o professor de equitação e a aluna. Uma história que todos torciamos pelo final feliz, mas acabou sem "o viveram felizes para sempre". Hoje, ao terminar de ler o novo romance de Sousa Tavares, No Teu Deserto, apeteceu-me homenagear o homem com quem partilhei os últimos anos da minha vida. A minha vida. Aquele que esteve ao meu lado e juntos fizemos a travessia do deserto, tal como Cláudia e Miguel. Aquele que me conhece melhor do que ninguém. Aquele que reconhece o significado de cada ruga do meu rosto, de cada gesto, de cada olhar e de levantar de sobrancelha. Aquele que repetia todas as noites que eu estava em primeiro lugar, que dava a sua vida pela minha felicidade. Aquele que não resistia aos meus caprichos de menina mimada. Aquele que me fez tão feliz ao longo dos quatro anos de namoro e sete de casamento. Anos cheios de emoção, paixão e tesão. Os 11 anos que me tornaram na mulher que sou hoje. Com as qualidades e os defeitos. Os 11 anos em que passei a viver a vida real. Deixei de ser estudante, entrei no mundo dos crescidos. E ele, sempre lá. Aprendi a importância do silêncio, da partilha, da gratidão, da cedência. E ele, sempre lá. Agora, 11 anos e quatro meses depois, vou aprender a viver sem o homem que dava a vida por mim. O companheiro ideal. Aquele que todas as mulheres desejam e que eu e a minha insatisfação crónica negámos. Certamente vou arrepender-me. Certamente. Até lá, vou gozar o prazer que me dá esta busca pela felicidade.
*Este post é dedicado ao homem que eu sei que vai até ao fim do Mundo por mim. E por quem eu vivi apaixonada os últimos anos da minha vida. Serve também para acalmar a curiosidade de amigos, conhecidos e curiosos.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sete meses em imagens


































































Voltei!

Passou-se um Natal, um Carnaval, a Páscoa e já vamos nas férias de Verão. Nasceu mais um sobrinho e estão mais quatro quase aí a rebentar. Morreu um grande amigo, deu-se uma separação, um desgosto de amor e muita tesão. Festas, concertos, jantaradas e viagens. Sete meses passaram e há muita conversa para pôr em dia. A Boop está de volta cheia de histórias para contar. Umas boas, outras nem por isso.

Andei perdida pelo mundo encantado do Facebook e acabei por trair o velhinho Blogue, mas hoje decidi cancelar a minha conta e voltar para junto dos que mais gosto. Ninguém usou as minhas imagens, nem fui alvo de assédio. Sou do contra e não gosto de seguir novelas da vida real. Aqui, as vírgulas são vírgulas, os parêntesis, parêntesis. Não há meias palavras, especulações, trocas e baldrocas. Aqui, quem escreve é a Boop.