quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Cheiro de infância

Esta manhã mergulhei nas memórias da minha infância ao ler o artigo de sete páginas da revista Visão “Geração dos trinta”. Há lá coisa melhor do que a despreocupação, a brincadeira, a alegria e a inocência?

O pão com Tulicreme e o Caprisone de laranja.
Os Estrunfes, o Verão Azul, o Tom Sawyer, a Bota-Botilde.
A dança das cadeiras e o jogo do elástico.
Os teatros e as cantorias nas noites de Natal.
Os raspanetes da mãe.
O risco ao lado que a tia Teresa me fazia depois do banho.
O ataque de cócegas da avó Lila.
O se faz favor do avô Lilo.
O chapéu do avô Zé.
O bolo Podre da avó Maria.
Os funerais das formigas e dos bichos-de-conta nas caixas de fósforos.
As tardes nos museus e nos jardins de Lisboa enquanto a mana velha namoriscava.
Os Playmobil do mano religiosamente bem arrumados e divididos – capacetes para uma caixa, armaduras para outra, cabelos noutra, cavalos, motas e carroças afilados numa estante.
As tardes a decorar o verbo To Be.

3 comentários:

Mãos de Veludo disse...

bem, eu não sou da geração de 30, mas tb me lembro destas coisas todinhas!! q bons tempos! hoje em dia parece que a criançada so quer saber de roupas de marca e "estar in"... ainda hoje ao ver os caloiros na minha faculdade me apercebi das diferenças... esta rapaziada aparece já "cheia de pinta" e de nariz empinado... eu não era nada assim... enfim... gerações.. daqui por 20 anos eles estarão a lembrar-se dos seus tempos... ou então não... um Baci!

Anette disse...

Boas vidas! Em vez de andar a trabalhar, as manhãs até dão para ler SETE páginas da Visão. Está bontio está! Então e o Topo Gigio e as sandálias Colibri?

António Raminhos disse...

Tás é a ficar velha pah...

Tó do Samouco

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