segunda-feira, 8 de outubro de 2007

SOS

Parte I
Ainda estava no meu penúltimo sono quando tocaram à campainha a avisar que tinha o vidro do carro partido. Ainda pensei tratar-se de um engano, mas infelizmente a cusquice das vizinhas confirmou-se. Vidro destruído, porta-luvas aberto e GPS roubado. Fui assaltada, pela primeira vez na minha vida. É uma sensação de impotência, revolta e tristeza. Ignorei, porém, os alertas dos vizinhos que “não valia a pena chamar a polícia, que eles não faziam nada” e liguei para o 112. Algo tinha de ser feito. Ao fim de 15 minutos, o carro de patrulha chegou ao local do crime. Apressei-me a dizer que não tinha tocado em nada e que podiam avançar com a investigação. Ando a ver muito CSI… “Não podemos tirar impressões digitais nesta superfície, só em sítio lisos”. Não queria acreditar no que ouvia. Não podem fazer nada? E apresentar queixa, só se for para apresentar no seguro.
E depois admiram-se das bocas foleiras da Polícia britânica no âmbito do caso Madeleine McCann. Cambada…

Parte II
Conformada com a situação, segui para a festa do 12.º aniversário da minha sobrinha Tixa, que se lembrou de colocar um brinco deitada na cama. Conclusão: a bola do brinco escorregou-lhe da mão e rolou até quase ao tímpano. Lá fomos para as urgências da Clínica da Luz, que tem muito bom ar, mas otorrino que é preciso, nem vê-lo… Seguimos para o Portugal real, Hospital Santa Maria. Então, não é que o raio do brinco estava numa posição, que só com anestesia geral é que se conseguia tirar. Minha rica sobrinha, que passou o aniversário nas urgências do hospital.

Parte III
Acabadinha de chegar das urgências, recebo uma mensagem a dizer que grande camarada tinha sido internado no Egas Moniz.
Há fins-de-semana terríveis, não há?! Mas este abusou…

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